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    Sorriso 214


    Por uns trocados ganhei um sorriso.
    Mas o show valia a pena, a perna de pau, o sol a pino, aquela habilidade toda e ainda teve pose no final. Ou seja: teve seu valor.
    Não tinha a ver com o trocado. Tinha a ver com o valor, o reconhecimento.
    Artista é assim. Às vezes nem quer grana, que ser ouvido, apreciado, quer a palma. As palmas. Muitas.
    Quer dinheiro? Sim. Afinal, existem contas a pagar. Mas o artista de verdade sabe que é o vil metal é o meio e não o fim. Não é objetivo.
    Como diria Ricardo Darin na célebre entrevista para o repórter inconformado sobre a sua recusa de atuar em Holywood:
    - Poderia fazer mais sucesso!
    - Eu já loto teatros de segunda a segunda!
    - Poderia morar melhor...
    - Para que, se já moro tão bem?
    - Poderia ter um carro melhor...
    - Não dou conta do carro que tenho!
    - Poderia ter mais dinheiro!
    - Para que?
    As palavras podem não ter sido estas. Mas assim que ficou em minha cabeça e isso me vale. Ponto.  E o Darin respondia quase incrédulo, sorrindo.
    Ter todo dinheiro que já precisa para alguns às vezes não parece ser suficiente.
    O que nos leva às vezes é a vontade de fazer. Isso pra mim me move. Me comove.
    Como a primeira crônica que escrevi, o primeiro verso, o primeiro curta, o primeiro longa, ideias que insisto em colocar no papel não porque me custam, ou porque me pagam, mas porque preciso. Muito.
    Por nenhum trocado eu posto sorrisos e escrevo sobre eles sorrindo. Afinal, o que vale é o sorriso trocado, não o trocado pelo sorriso.
    E aí? Quanto custa o seu sorriso?

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